quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Eu e o outro Eu


Um dia eu tive um sonho... sonhei que ascendia a uma enorme montanha, lá no cimo encontrava-se uma cadeira... Nessa cadeira sentava-se o meu "OBSERVADOR"... melhor dizendo: o meu outro EU. No alto da montanha a sós com o meu outro EU, observava toda a paisagem circundante...avistavam-se montanhas infinitas, sob um divinal azul celeste... comecei a descer a montanha, sempre atenta ao meu "OBSERVADOR" que se encontrava sentado na cadeira, bem lá no cimo da montanha... na descida haviam bastantes arbustos, continuei a minha caminhada até que avistei um vale verdejante, nesse vale havia um rio e uma ponte sobre ele... ao chegar encontrei um riacho bastante agitado e de águas muito turvas... aos poucos o turbulento riacho de águas turvas e agitadas dava lugar a águas transparentes e tranquilas, onde se reflectia o azul do céu; através da ponte que lá existia, atravessei o rio para a outra margem...na expectativa de encontrar algo, olhei para as suas margens... haviam imensas pedras em forma oval, talvez gastas pelo tempo?... Com as pedras também se encontravam muitas ervas secas e sem vida... foi quando peguei nas pedras e nas respectivas ervas, e as atirei para o rio... o rio que se encontrava muito calmo e de águas tranquilas, ao atirar nas suas águas os pastos e as pedras, eis que começou a fervilhar, a agua tomou uma textura que se assemelhava-se a cerveja... os pastos foram rio abaixo, as pedras... julgo que ficaram depositadas no fundo do rio. Sempre atenta aos movimentos do meu observador que continuava sentado no cimo da montanha, eis que do nada, ou talvez vindas de um outro planeta surgem pessoas e mais pessoas, essas pessoas atravessavam o rio e ficavam alinhadas em grupos na outra margem... pouco a pouco, assim como apareceram elas foram desaparecendo... restaram apenas três ou quatro pessoas... entretanto, olhei à minha volta, lá estava a família... a minha mãe na minha retaguarda... o pai das minhas filhas na minha frente... e outro alguém a observar toda a cena (um recluso muçulmano que conheci recentemente no meu local de trabalho)... a minha mãe sempre atrás de mim... apontava-me com o dedo, enquanto exclamava num tom agressivo: Tu!! Tu!!... Foi então que decidi entrar nas aguas do rio... atenta ao meu observador, notei que ele se manifestou... ficou imensamente curioso, não se cansava de olhar na esperança de ver onde eu punha os pés...já dentro das águas tranquilas do rio onde me sentia muito bem, tentei procurar algo... não vi nada de especial a não ser o fundo do rio, e umas folhas secas que boiavam, essas folhas provocavam um efeito interessante de sombra e luz. Continuei a caminhar na água, e lá estava uma pequena ilha de juncos verdes...desloquei-me até essa ilhota verde...decidi então, sair da meditação.

Citando Osho:
"A meditação é um modo de nos fixarmos em nós mesmos, no mais profundo centro do nosso ser. Uma vez que tenha encontrado o centro da sua existência, você terá encontrado tanto as suas raízes quanto as suas asas."


Carpe Diem!

Sissi (Cidália)

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